Por que advogados não podem ser MEI?

Empreender como Microempreendedor Individual (MEI) é uma alternativa atrativa para muitos profissionais, mas para os advogados, essa possibilidade é limitada e, em alguns casos, inviável. Vamos explorar as razões pelas quais a advocacia não se enquadra no regime simplificado do MEI.

  1. Natureza intelectual e singular da advocacia
    A atividade advocatícia é predominantemente intelectual e singular. Diferentemente de outras profissões que se encaixam no MEI, a advocacia envolve questões complexas e específicas que não se alinham com as atividades permitidas pelo MEI, que são mais simples e genéricas.
  1. Barreiras éticas e técnicas
    A advocacia é uma profissão altamente regulamentada, com diretrizes éticas e técnicas rigorosas. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) estabelece padrões elevados de conduta e responsabilidade profissional. O MEI, por sua natureza simplificada, não atende plenamente a essas exigências.
  1. Impedimento à sociedade unipessoal
    A estrutura do MEI é individual, mas a advocacia, de acordo com as normas da OAB, deve ser praticada de forma pessoal e individual, com exceção das sociedades de advogados. Portanto, o advogado que busca empreender muitas vezes é direcionado para a constituição de uma sociedade unipessoal de advocacia, modalidade não contemplada pelo MEI.
  1. Faturamento variável e limite do MEI
    O MEI possui um limite anual de faturamento que pode ser inadequado para a realidade financeira de muitos advogados. Os honorários advocatícios podem variar consideravelmente, o que pode levar a ultrapassar os limites do MEI, obrigando uma mudança para outro regime tributário.
  1. Complexidade tributária na advocacia
    A tributação na advocacia é mais complexa devido à natureza dos serviços prestados. O MEI, com sua tributação simplificada, não oferece as opções e flexibilidade necessárias para lidar eficientemente com a complexidade fiscal da advocacia.

Embora o MEI seja uma excelente opção para muitos empreendedores, advogados enfrentam barreiras específicas devido à singularidade e complexidade de sua profissão. A constituição de uma sociedade unipessoal de advocacia é uma alternativa que atende às exigências éticas e técnicas da advocacia.

Ao considerar empreender como advogado, é importante compreender as peculiaridades da profissão e buscar orientação profissional para garantir o cumprimento das normas éticas, técnicas e tributárias que regem a advocacia no Brasil.

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